“a música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. Platão


domingo, 16 de maio de 2010

letra e música por Pascoale

LETRA E MÚSICA 1: A música brasileira e a língua portuguesa são os focos destas 5 aulas apresentadas pelo professor Pasquale Cipro Neto. Língua e Linguagem : Nesse programa o Professor Pasquale analisa a música Língua de Caetano Veloso e faz um mapa de toda a letra da música, revelando as referências que o compositor usou nesta composição. De um lado um poema de Olavo Bilac que começa com A última Flor de Lácio chamado "Língua Portuguesa", passando por Fernando Pessoa, Guimarães Rosa e até o Hino Nacional Brasileiro, o professor Pasquale decifra cada frase musical que Caetano utilizou para falar da nossa língua portuguesa. Ecos e Metáforas: Neste programa o prof. Pasquale analisa as músicas: Metáfora de Gilberto Gil e Ecos do Ão, de Lenine e Carlos Reno. A partir da explanação do professor podemos perceber como os compositores usaram a língua portuguesa na realização de duas grandes obras da MPB. Mapa de Sampa: Neste programa o professor Pasquale analisa a música Sampa de Caetano Veloso. Pasquale Cipro Neto é Professor de Português, Escritor e Colunista.

TÉCNICAS DESCRITIVAS EM LETRAS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

Estudos realizados por Maria Aparecida Rocha Gouvêa (UNITAU)

A análise técnicas descritivas em seis letras da Música Popular Brasileira selecionadas do repertório de compositores brasileiros reconhecidos pelo público e pela crítica musical. Na análise, foram observados a temática, o objeto descrito e suas características, as impressões sensoriais utilizadas, os recursos lingüísticos e estilísticos responsáveis pela construção do sentido do texto e o papel e a posição do descritor observador.
As músicas análisadas foram:
Farinha - Djavan
Brigitte Bardot - Zeca Baleiro
As vitrines - Chico Buarque
Cariocas - Adriana Calcanhoto
Trem das Cores - Caetano Veloso
Palavras - Sérgio Britto e Marcelo Fromer
Nas letras analisadas, a descrição subjetiva foi predominante.


Descrição objetiva

“A farinha é feita / de uma planta da família / das euforbiáceas / de nome manihot utilíssima / ...” (Farinha - Djavan)


Descrição subjetiva

“A saudade é uma colcha velha / que cobriu um dia / numa noite fria / nosso amor em brasa / ...” (Brigitte Bardot)

“Os letreiros a te colorir / embaraçam a minha visão / ...” (Vitrines - Chico Buarque)

“Cariocas são sacanas / cariocas são dourados / cariocas são modernos / ... (Cariocas - Adriana Calcanhoto)

“O mel desses olhos luz, mel de cor ímpar / ... (Trem das cores - Caetano Veloso)


Descrição dinâmica e descrição estática

A captação da realidade pode ocorrer de duas maneiras: estática, como uma fotografia ou dinâmica, como num filme.

Na descrição estática predominam as formas nominais, com a presença de frases sem verbo ou com verbos que expressam estado.

Na descrição dinâmica predominam os verbos que expressam movimento e as figuras de linguagem como a prosopopéia e as cenas ganham a perspectiva cinematográfica do observador.

A presença física do observador é determinante na seleção dos elementos a serem descritos. Conforme a posição do descritor, o horizonte de observação modifica-se e os componentes descritos devem estar coerentes com essa posição.

Nas letras analisadas, tanto a descrição estática quanto a dinâmica apareceram:


Descrição estática

“Palavras não são más / palavras não são quentes / palavras são iguais / sendo diferentes / ...” (Palavras - Sérgio Britto e Marcelo Fromer)

“A farinha tá no sangue do nordestino / eu já sei desde menino / o que ela pode dar/ ...”(Farinha - Djavan)


Descrição dinâmica

“Passas em exposição / passas sem ver teu vigia / catando a poesia / que entornas no chão.” (As vitrines - Chico Buarque)

“Os átomos todos dançam / ... / crianças cor de romã / entram no vagão / ...”

“As casas tão verde e rosa / que vão passando ao nos ver passar / ...” (Trem das cores - Caetano Veloso)

Metáfora

“A saudade é um trem de metrô / ...” (Brigitte Bardot - Zeca Baleiro)

“Te avisei que a cidade era um vão / ...” (As vitrines - Chico Buarque)

“Palavras são sombras / As sombras viram jogos / ...” (Palavras - Titãs)

“O mel desses olhos luz” (Trem das Cores - Caetano Veloso)


Comparação

“Cada clarão / é como um dia depois de outro dia / ...” (As vitrines - C. Buarque)


Prosopopéia

“Os letreiros a te colorir / ...

As vitrines te vendo passar / ...” (As vitrines - C.Buarque)


Antítese

“Palavras são iguais / sendo diferentes.” (Palavras - Titãs)

“Numa noite fria / nosso amor em brasa.” (Brigitte Bardot - Zeca Baleiro)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A música e o desenvolvimento cognitivo da criança

Inúmeras pesquisas, desenvolvidas em diferentes países e em diferentes épocas, particularmente nas décadas finais do século XX, confirmam que a influência da música no desenvolvimento da criança é incontestável. Algumas delas demonstraram que o bebê, ainda no útero materno, desenvolve reações a estímulos sonoros.

Schlaug, da Escola de Medicina de Harvard (EUA), e Gaser, da Universidade de Jena (Alemanha), revelaram que, ao comparar cérebros de músicos e não músicos, os do primeiro grupo apresentavam maior quantidade de massa cinzenta, particularmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e controle motor (apud SHARON, 2000). Segundo esses autores, tocar um instrumento exige muito da audição e da motricidade fina das pessoas. O que estes autores perceberam, e vem ao encontro de muitos outros estudos e experimentos, é que a prática musical faz com que o cérebro funcione “em rede”: o indivíduo, ao ler determinado sinal na partitura, necessita passar essa informação (visual) ao cérebro; este, por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário (tato); ao final disso, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correto (audição). Além disso, os instrumentistas apresentam muito mais coordenação na mão não dominante do que pessoas comuns. Segundo Gaser, o efeito do treinamento musical no cérebro é semelhante ao da prática de um esporte nos músculos. Será por isso que Platão já afirmava, há tantos séculos, que a música é a ginástica da alma?

Outros estudos apontam também que, mesmo se o contato com a música for feito por apreciação, isto é, não tocando um instrumento, mas simplesmente ouvindo com atenção e propriedade (percebendo as nuances, entendendo a forma da composição), os estímulos cerebrais também são bastante intensos.

Ao mesmo tempo que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela, por seu caráter relaxante, pode estimular a absorção de informações, isto é, a aprendizagem. Losavov, cientista búlgaro, desenvolveu uma pesquisa na qual observou grupos de crianças em situação de aprendizagem, e a um deles foi oferecida música clássica, em andamento lento, enquanto estavam tendo aulas. O resultado foi uma grande diferença, favorável ao grupo que ouviu música. A explicação do pesquisador é que ouvindo música clássica, lenta, a pessoa passa do nível alfa (alerta) para o nível beta (relaxados, mas atentos); baixando a ciclagem cerebral, aumentam as atividades dos neurônios e as sinapses tornam-se mais rápidas, facilitando a concentração e a aprendizagem (apud OSTRANDER e SCHOEDER, 1978).

Outra linha de estudos aponta a proximidade entre a música e o raciocínio lógico-matemático. Segundo Schaw, Irvine e Rauscher (apud CAVALCANTE, 2004) pesquisadores da Universidade de Wisconsin, alunos que receberam aulas de música apresentavam resultados de 15 a 41% superiores em testes de proporções e frações do que os de outras crianças. Em outra investigação, Schaw verificou que alunos de 2a. série que faziam aulas de piano duas vezes por semana, apresentaram desempenho superior em matemática aos alunos de 4 ª série que não estudavam música.

Enfim, o que se pode concluir a esse respeito é que efetivamente a prática de música, seja pelo aprendizado de um instrumento, seja pela apreciação ativa, potencializa a aprendizagem cognitiva, particularmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato.


Por Monique Andries Nogueira

terça-feira, 4 de maio de 2010

Análise

PARABÓLICA - Engenheiros do Hawai

Ela pára
E fica ali parada
Olha-se para nada
(paraná)
Fica parecida
(paraguaia)
Pára-raios em dia de sol
Para mim
Prenda minha parabólica
Princesinha parabólica
O pecado mora ao lado
E o paraíso... paira no ar

... pecados no paraíso ...

Se a tv estiver fora do ar
Quando passarem
Os melhores momentos da sua vida
Pela janela alguém estará
De olho em você
Completamente paranóico
Prenda minha parabólica
Princesinha clarabólica
Paralelas que se cruzam
Em belém do pará
Longe, longe, longe (aqui do lado)
(paradoxo: nada nos separa)

Eu paro
E fico aqui parado
Olho-me para longe
A distância não separabólica

Música repleta de figuras de som, como aliteração, assonância, entre outras figuras de linguagem..
Breve análise poética na integra!

Thay.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Primeirona ...

A música é o método mais seguro, de transmitir conhecimento. Ao meu ver, não existe quem não goste, ou não simpatize com a música.
Cabe ao professor saber usa essa simpatia de todos com a música, a favor de sua disciplina..

Texto teste....

=D